terça-feira, 12 de setembro de 2017

8º Quarto

Com quantos episódio a gente assiste uma história de amor acontecer?
Em quantos cômodos da casa você precisa registrar seu sexo mais insano?
De quantos olhares são necessário? Quantos beijos e abraços?
E em que momento você descobre que ele já não vale mais o esforço?
Quando que vem o aviso do céu dizendo que é você que não serve pra ele?
Fico tão confuso. Até que parte a gente que decide os rumos?
Parece-me que nunca vai ter resposta, né? 

A gente começa sonhando, e de repente estamos num pesadelo sem saída.
Enquanto eu puder escolher, vou escolher o que me agrada mais naquele momento.
Vou pensar em quanto orgasmos estou tendo com você e quantos sorrisos já me deu.
Vou lembrar que primeiro foi no quarto 25, tinha muita água, um dia quente e seco.
Fazia tanto calor que somente a água controlaria aquele fogo.
Nem me lembro onde estava mais quente: se dentro do quarto, pele na pele, ou debaixo do sol escaldante..
Nessa guerra de elementos, o fogo que saiu vencedor, ainda bem né?!
Vou lembrar que no 8º Quarto já estava mais fresco, mas é só a gente se tocar que o fogo toma conta.
A lua saudando na janela, torcendo para que nosso brilho não a ofusque.

Do 8º Quarto espero não esquecer, e muito menos me arrepender.
Espero também que não esqueça do que enxergou, do gosto que sentiu.
Toda boa trama existe nó e toda boa língua desata até os mais difíceis.
Esse talvez não seja mais um daqueles poemas, é só um desabafo.
Uma memória pra não ser apagada, um registro que deve ser eternizado...

@CragFilho

Nenhum comentário:

Postar um comentário