terça-feira, 6 de novembro de 2012

Trilogia - 2 - Desiludo

Desacredito nesse sentimento que me Movia
Onde estive cheio de esperança, outrora me Doía
Acreditava na ascensão que me Desfalecia
Vivia numa farsa que só me Iludia

Em viver de ilusão, preferi acordar, me dando conta de que o sentimento que carregava todas as minhas ações, era fruto da minha imaginação. Como pude 'criar' esse AMOR que tanto acreditava?
Tinha cheiro, cor e tamanho característico, era lúdico e me deixei levar, mergulhei de corpo e alma nesse mundo colorido que mais parecia um quebra-cabeças totalmente montado, sem espaços, sem falhas.

Num mundo distante que te prende e te faz acreditar em tudo, não há possibilidades de sair, até que um belo dia, alguém vem e te ajuda, leva seu sonho e num surto psicótico, você acorda de um sono profundo, sem começo e sem meio, uma linha tênue entre o perfeito e o maravilhoso, onde a força bruta não tinha vez, o que ditava as regras era a suavidade e a profundidade de atos e palavras.

Mas Agora não mais durmo, não mais sonho, vivo da realidade nua e crua, cuspida na minha testa. Vivo numa sociedade realística, fatídica e errônea, sem espaço para erros, sem percepção de detalhes, uma configuração meio rústica que exalta o corpo e a beleza. Me sinto mais esperto, mais aberto a experiencias, pois sei que nesse "pesadelo" vou demorar a entrar.

Há quem denomine como Desilusão Amorosa, mas agora, acordado, sei que o que eu vivia era a concepção perfeita desse Mal. Todos precisam desse weke-up, mas enquanto dormem, aproveitem, a realidade não te dá opção de criar.

Com fé, a inspiração voltará.
~'CragFilho

Um comentário:

  1. Simplesmente lindo... É incrivel como tenho uam série de nostalgias quando leio seus textos... Parabens... #superfã

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